Sonora Fantasma e Luno: o que um acha da outra do outro

 

foto de Digo e Luno

 

A Tedesco Mídia lança o quadro Crossover, em que um artista do cast da assessoria comenta sobre um música, disco ou videoclipe de outro que também fez algum lançamento com a gente.

A edição de número 1 tem Sonora Fantasma, recém-criada banda de rock alternativo do interior de São Paulo pelo cineasta Diego da Costa, com uma marca autoral muito forte, e Luno Torres, experiente músico sergipano (ex-Plástico Lunar) que acaba de lançar seu primeiro solo, o já elogiadíssimo Homo Pacificus.

Confira a seguir o que Diego acha da música de Luno e vice-versa. Divirta-se e ouçam estes incríveis artistas da música alternativa brasileira!

 

“Sensação de conexão com as origens da psicodelia no rock”

Diego da Costa (Sonora Fantasma) sobre a faixa ‘Incensai’ de Luno

A primeira vez que ouvi ‘Incensai’ pensei: Queria ter feito essa música. Que vibe! Sério, essa música me coloca em um emaranhado de sensações. Ao mesmo tempo que me transporta para o imaginário dos anos 60/70, é uma musica muito moderna, atual.

Enquanto ela toca, referências dessa época passam fugidias e logo se esvaem. Elas retornam e passam, como a fumaça de um incenso me conectando com o rock progressivo através dos tempos. Por isso nem posso precisar essa ou aquela banda como referência. Apenas ouço e sei que é Luno em uma interpretação exemplar de sua criação. ‘Incensai’ me dá a sensação de conexão com as origens da psicodelia no rock e, sobretudo, no rock brasileiro.

O arranjo me traz a sensação de um florescer, de um despertar de uma apoteose, do novo que virá. Da beleza primaveril após um inverno rigoroso. E esse piano é lindo, que arranjo! O interlúdio me transporta para uma Índia que não conheço, imagino. E o canto com os tambores em forma de mantra me colocam em estado meditativo novamente até a quebra com os sintetizadores e piano no refrão que me levam e levam e levam… a toda primavera, toda era, até o dia amanhecer.

Ouça Incensai aqui:

 

“Peça musical profundamente poética, contemplativa e viajada”

Luno sobre ‘O Provável e o Possível’, faixa de estreia do Sonora Fantasma

O single “O provável e o possível” é uma peça musical profundamente poética, contemplativa e viajada. A faixa começa com uma singela camada de ruídos eletrônicos muito bem texturizada que convida para uma experiência de imersão e reflexão numa espécie de gravidade zero sonora. A sensação que tive foi de estar submerso em um oceano harmônico de som e cores flutuantes.

Quando entra um dedilhado hipnotizante e o baixo inicia uma marcação pontual que se completa de silêncio, a música vai ganhando uma camada de órgãos espaciais e melancólicos que parece empurrar a gente para fora de órbita. Isso tudo cria a atmosfera para o cantar do texto, o qual me identifiquei logo de cara.

Trata-se de uma poesia filosófica que instiga o questionamento do ‘aparente’ e nos convida a abrir os olhos para o ‘invisível’. Assim, aos poucos fui me sentindo parte dessa ‘trama’ musical. A construção vocal se dá com uma voz principal semi sussurrante e um backing vocal angelical (de dar arrepios!) ecoando ao fundo.

O clima da música tem uma virada, orientada por um solo de sax que chama para um momento mais intenso onde a guitarra passa a palhetar uma pegada mais indie rock. Nesse momento, eu já estava longe.

Ao final, ainda sobra uma leve brisa confortante que ressoa mesmo depois da música já ter terminado. Belíssimo trabalho. Esse é o papel da arte: provocar sensações. O single “O provável e o possível” cumpriu muito bem esse papel, pois me levou pra longe em apenas 4:17 minutos. Sigo ansioso para o próximo lançamento!

Ouça O Provável e o Possível aqui:

 

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